On domingo, 10 de janeiro de 2010





Avatar, um filme mais que divulgado, ao menos durante uns três a quatro meses todos os filmes, aos quais fui assistir no cinema tinha lá um trailler do tal.
Divulgação em muita quantidade ou não, particularmente não esperava que fosse muito elevada qualidade em um âmbito geral.
Uma história que desde o começo já demonstrava ser muito manjada.



Contada e recontada de tantas formas, parecia pouco possível haver uma forma que fosse marcante ao narrar uma disputa entre um povo dominador e capitalista com níveis tecnológicos bem mais elevados. E a grande virada dos desprovidos de tal tecnologia e "entendimento do mundo". Estes seriam apenas "pré-conceitos" sobre o filme.
O que acabamos concluindo ao vermos Avatar, ainda por cima em versão 3D,  não sei se a única oferta que está ocorrendo é em 3D, é o contrário da maioria dos pontos contra aos quais relatei.


É uma história manjada, é sim e muito, mas muito bem contada. Prende o espectador do início ao fim.
Efeitos especiais que estavam longe das telas de cinema fazia muito tempo. A versão 3D, a única que assisti, corroboro, é visualmente uma experiência, para mim em particular, nunca vivida, todos os filmes que tivessem como objetivo trazer efeitos especiais, o 3D seria indispensável. Dá uma idéia de presença na cena muito próxima do real, a ponto de dar vontade de esquivar na hora em que um objeto voa na tela.
Mas o que um blog com tema ateísta estaria a falar de Avatar? Boa pergunta!
Avatar traz duas linhas principais de conflito: Nativo versus invasor  e ceticismo versus crença.
Juntando esses elementos o filme traz uma mensagem religiosa, que tende a mostrar a beleza de crer em alguma coisa. Fazendo-nos quase interpretar que quanto mais tecnológico e cético, mais cruel alguém ou um povo pode acabar se tornando. A medida que o personagem humano, que está do lado dos "cruéis" e capitalistas, interessados em um minério que vale 20 bilhões o quilo, vai conhecendo os costumes dos nativos acaba vivenciando sua crença.  


Pára!!!!!!!!!!!!!! Pára agora!!!!!!!!!!!!!!!!




É nesse ponto que o filme acaba ficando muito distante da analogia que tenta fazer com as histórias reais.
Uma das grandes diferenças é que a crença lá, não é crença. É algo que acontece, indepedente de interpretação. Não está escrito em um livro. E nem é verdade pois está escrito. O tempo todo os personagens vivenciam experiências de união com o mundo dos nativos, pois todo ele é interligado através de forças "místicas", que não são tão místicas. Como eles mesmos definem, é como se fosse uma internet de árvores. Todo nativo tem um tipo de órgão neural na ponta de um rabo de cavalo que os ligam com os seres e as plantas do mundo deles. E nada disso, nem perto disso acontece em nossa "realidade" religiosa.
Esse é um tipo de conflito que podemos definir também como material versus imaterial. Os nativos são desprendidos de valores materiais, nem os conhecem. Por várias vezes os personagens inimgos, humanos, demonstram ser ateus, e caçoam da religião dos nativos. Somente não destruindo, logo tudo de uma vez, por causa de pedidos do protagonista, que posteriormente já não adiantam mais. O final eu não vou contar, mas é exatamente o que concluímos logo de início.
auhahauhauhauaha.
Vale muito a pena ir ao cinema assistir.

Uma ótima experiência.

Camisas Vero

1 comentários:

Anderson Kami Sama disse...

Avatar é simplesmente excelente. Reune elementos grandiosos de outros grandes filmes, sem cansar. Por mais que a história principal não tenha nada de inovadora (lembra até de Pocahontas), ela está muito longe de ser mal contada. Exemplo, em breve sairá no cinema a versão filme de Alice no País das Maravilhas. Todos conhecem a história, mas muito provável que a história no filme seja bem representada e instigante. Assim é com Avatar: uma reciclagem de diversas histórias que arrisco dizer, superam as originais.

Quanto a deidade do filme, ela de alguma forma existe sim, só que há diversas maneiras científicas do homem provar sua existência. A diferença que os "selvagens ateus" do filme não conheceram a raça Na'vi com tanta intimidade quanto o principal do filme. Logo, a ignorância e o desconhecimento mais uma vez são os culpados de tudo.

Abracos
Anderson

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